segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A "vida escolástica" segundo Phillipe Ariès (História Social da Infância e da Família)



Philippe Ariés apresentou historicamente, no que diz respeito à escola medieval, a indiferença da idade dos meninos e homens e a falta da transição entre as fases. Logo depois, do século XV ao XVII, o colégio moderno atravessou os tempos como instituição de vigilância e enquadramento da juventude, de forma que a juventude escolar foi separada do resto da sociedade e, então, a distinção entre as idades foi se concretizando. Porém essa separação não atingia os jovens como crianças, e sim como estudantes: fora da escola eles tinham a obrigação de exercer funções de adultos.

As classes escolares surgiram como necessidade de adaptar o ensino do mestre ao nível do aluno (uma conscientização das diferentes fases da vida - infância ou juventude - e do sentimento de que no interior dessas fases existiam várias categorias). No século XVII e XVIII houve eliminação das crianças muito pequenas, que eram tidas como frágeis, “imbecis”, ou incapazes.

Como “progressos” da disciplina, Philippe Ariès aponta – exatamente pelo surgimento da noção de fraqueza na infância – a responsabilidade moral dos mestes, já que na Idade Média, não havia submissão a uma autoridade disciplinar, mas havia sentimento de pertencimento a uma sociedade ou a um bando de companheiros, isto é, jamais o estudante estava entregue a si mesmo.

Com as esferas da juventude escolar e da sociedade separadas, o castigo (chicote e espionagem) era adotado na escola, inicialmente no século XVI, como forma de autoridade e vigilância constante. No século XVIII, essa humilhação era adotada como forma de distinguir e, ironicamente, melhorar a infância.

Nos séculos XVII e XVIII, surgem as pequenas escolas que separavam as crianças novas das mais velhas e, sobretudo, as ricas das mais pobres e, assim, as pequenas escolas pregavam a moral que distinguia os estudantes, ou seja, os bem educados, dos “moleques” (antigos vagabundos e desordeiros).

Já no século XIX, surge uma nova concepção da educação, logo um novo sentimento da infância. Ocorreu o despertar na criança da responsabilidade do adulto e o sentimento de sua dignidade. Já as mulheres foram sempre excluídas da educação e apenas aprendiam afazeres domésticos.


Texto escrito por Naiana Tedesco, estudante do 1º semestre de pedagogia - FACED/UFRGS

sábado, 27 de novembro de 2010

“INFÂNCIA, COLÉGIO E FAMÍLIA”

História Social da Criança e da Família

Phelippe Ariés

Ariés, foca sua pesquisa no período do século XII até o sec. XVII, afirmando que a infância teve diferentes conotações em cada período da história, tanto social, cultural, política como economicamente. Na Idade Média ser criança era um período sem importância. Não havendo o amor materno, ao nascer o(a) Filho(a) era entregue a outra família que deveria cuidá-la e educá-la só retornando para casa aos sete anos, se sobrevivesse, pois com esta idade estaria apta para ser inserida na vida da família e no trabalho. A criança era vista como “substituível”, como ser produtivo, utilitária para a sociedade, inserida na vida adulta tornava-se útil na vida familiar, realizando tarefas e imitando seus pais, tendo a responsabilidade legal de cumprir seus ofícios junto à coletividade. A criança por muito tempo não foi vista como um ser em desenvolvimento, com características e necessidades próprias, e sim como “homens de tamanho reduzido” (P.18). Não havia a preocupação de cuidar e preservar as crianças, foram séculos de infanticídio, eram jogadas fora e substituídas por outra, sem sentimento algum, tinham a intenção de conseguir um espécime melhor, mais saudável, mais forte e apta para o trabalho. Na era medieval não havia a construção do sentimento de amor, o sentimento e a afeição não existiam ou eram sufocados. A trajetória da criança até então era de marginalização, discriminação e exploração.

No século XIV, devido ao grande movimento de religiosidade cristã, surge a criança mística ou a criança anjo. Essa imagem da criança associada ao Menino Jesus ou a Virgem Maria causa consternação e ternura nas pessoas. A representação das crianças místicas, pouco a pouco vai se transformando, assim como as relações familiares. Nessa época as crianças não tinham noção da idade que tinham, tendo nomes iguais. Para diferenciá-las, usava-se o nome do lugar de onde vinham, pois não tinham registro. Algumas Igrejas começaram a fazer registro de batismo e no século XVI a primeira comunhão se tornou uma grande festa familiar. Fato que ajudou a registrar a vida da criança para a história, além de exigir das famílias posturas de comportamento, evitando a postura perversa e imoral. Nesta época surgiram medidas para salvar as crianças. As condições de higiene foram melhoradas e a preocupação com a saúde da criança fez com que os pais não aceitassem perde-la com naturalidade. Essas mudanças com relação ao cuidado com a criança acontecem no século XVII com a interferência dos poderes públicos, da escola e com a preocupação da igreja em não aceitar passivamente o infanticídio, antes secretamente tolerado. Preservar e cuidar a criança seria trabalho realizado exclusivamente por mulheres, no caso, as amas e parteiras que agiriam como protetoras dos bebês, assim foi criada uma nova concepção sobre a manutenção da vida da criança. Essas mudanças começaram a acontecer no final da Idade Média e ficaram marcadas como o ato de mimar e paparicar as crianças – que eram vistas como meio de entretenimento dos adultos - principalmente nas classes elitizadas. A morte já passa a ser algo doloroso e sofrido.

São essas mudanças culturais, influenciadas por todas as transformações sociais, políticas e econômicas - que a sociedade sofre ao longo dos tempos - que fazem surgir mudanças no interior da família e das relações estabelecidas entre pais e filhos. A criança passa a ser educada pela própria família, o que fez com que se despertasse um novo sentimento por ela. Neste período entre o século XVII e XVIII com o surgimento deste sentimento de apego e afeto, a infância/criança passa a ser definida como um período de ingenuidade e fragilidade, que deve receber todos os incentivos possíveis para sua felicidade.

No século XVII, com o movimento de moralização, promovido pelas igrejas, pelas leis e pelo Estado, a educação da criança ganha destaque. A Escola passa a ser um instrumento para colocar a criança no seu lugar, com uma função disciplinadora. No inicio, não tem definição de idade específica para o ingresso da criança, pois as referencias que se tinha eram as escolas medievais que, não eram para crianças, mas escolas técnicas destinadas à instrução dos cléricos. Assim, acolhe crianças, jovens e adultos (fases consideradas na atualidade) da mesma forma. A escola era só para meninos, as meninas não recebiam nenhuma educação.

A diferença da escola moderna para a do período medieval é que houve a introdução da disciplina, a principal função da escola e que teve origem na disciplina religiosa, quando sua intenção era proporcionar conhecimentos técnicos e discursivos. Posteriormente a escola foi se diferenciando, tornando-se uma escola para a elite e outra para o povo, provocando com isso uma mudança nos hábitos decorrentes da condição social. “A família torna-se a célula social, a base dos estados, o fundamento do poder monárquico” (p.146). A religião torna-se a tutora moral, com a função de enobrecer a união conjugal, objetivando dar à familia um valor espiritual.

O que consegui absorver da obra de Ariés é que a infância como vemos hoje em dia foi sendo construída ao longo dos tempos, começando como uma “familia” voltada para a linhagem, onde a criança não tinha espaço (até os sete anos) sem laços de afeto, sem sentimento materno, os cuidados com a criança eram entregue a alguém que deveria educá-la. Com sete anos era considerado “igual” a um adulto com as mesmas responsabilidades - Isto não esta muito distante de países da África e da Ásia, onde a maioridade legal se dá antes dos 12 anos. Mais tarde, passaram os pequenos a ser considerados bibelôs, um divertimento para os adultos. Comparados a anjos são paparicados.

A igreja e o Estado intervêm junto à familia, designando que os pais cuidem de seus filhos, que preservem suas vidas, que tenham cuidados com eles, começando assim a ser construído o sentimento de infância. Laços, afetos e carinho, foram sentimentos que trocaram a indiferença total pelo apego e, a infância foi definida como um período de Ingenuidade e fragilidade. A partir dos registros de nascimento e do fortalecimento da união conjugal tutorada pela igreja, dando um valor espiritual à familia, surge uma nova ordem social com laços fortalecidos: a família conjugal. Mas outra vez a Igreja interfere e com sua função moralizadora, define um local específico para a criança ser educada e moralizada. A escola passa a ter uma função disciplinadora, sendo uma forma de afastar as crianças da má influencia dos adultos. Porém a igreja não esta organizada para recebê-las por ter como modelo as escolas da idade média que eram para adultos, para formação de cléricos e para os filhos dos nobres, que estudavam latim, doutrinas religiosas e táticas de guerra. Não conseguiu assim, separar de imediato a infância de outras fases, conseguindo apenas separar as escolas, em uma para elites e outra para os pobres que deveriam aprender a tudo obedecer sem revoltas. Deste modo a criança, apesar do sentimento de infância que surgia, continuava sem ter uma infância digna e respeitosa, com suas especificidades, continuava a ser uma marionete nas mãos dos poderosos. A escola que deveria proteger e educar “apenas a disciplinava” e as discriminava de acordo com se poder econômico – o livro ou filme Matilda, pode nos dar uma idéia de como as crianças eram tratadas naquela época. Situação semelhante a que vemos nos dias atuais onde quem pode frequenta escolas particulares, instituições onde, os de menor poder aquisitivo ganham bolsas de estudo (fato exigido pelo governo que tem poder mesmo junto a entidades particulares, ditando regras) – mas sem o poder aquisitivo são discriminados, ou assim se sentem. Os demais vão para a escola pública, que é gerida e controlada por um estado que objetiva manter e garantir seus interesses. A “escola” pública, gratuita e obrigatória foi criada a partir da observação do estado, do potencial político e social que essa instituição tinha.

O colégio foi instituído por Romanones, que era partidário da separação entre a “Igreja” e o “Estado”. A “Ley Del Candado de 1910, instituída pelo presidente espanhol Jose Canalejas, limitou o poder da igreja sobre o estado e Romanones converteu professores em funcionários do Estado (públicos). E assim os professores continuam até os dias de hoje.

Pedro A. Ruiz Lalinde

IES “Marqués de la Ensenada”

Haro

La Ley del Candado

“Don Alfonso XIII, por la gracia de Dios y la Constitución, Rey de España. A todos los

que la presente vieren y entendieren, sabed que las Cortes han decretado y Nos

sancionado lo siguiente:

ARTÍCULO ÚNICO: No se establecerán nuevas Asociaciones pertenecientes a Órdenes

o Congregaciones religiosas canónicamente reconocidas, sin la autorización del

Ministerio de Gracia y Justicia consignada en Real Decreto, que se publicará en la

‘Gaceta de Madrid’, mientras no se regule definitivamente la condición jurídica de las

mismas.

No se concederá dicha autorización cuando más de la tercera parte de los individuos que

hayan de formar la nueva Asociación sean extranjeros.

Si en el plazo de dos años no se publica la nueva ley de Asociaciones, quedará sin

efecto la presente ley.

Por tanto: Mandamos a todos los Tribunales, justicias, jefes, Gobernadores y demás

autoridades, así civiles como militares y eclesiásticas, de cualquier clase y dignidad, que

guarden y hagan guardar, cumplir y ejecutar la presente Ley en todas sus partes.

Yo El Rey El Presidente del consejo de Ministros, José Canalejas “

Gaceta de Madrid, nº 362, 28 de diciembre de 1910.

Casa Grande & Senzala

.Gilberto Freyre

Gilberto Freyre nos fala do período colonial brasileiro (mais especificamente do nordeste). Aqui vigorava o regime da Familia patriarcal, onde os senhores tudo podiam e mulheres, filhos e escravos tudo obedeciam. Inicialmente vou comentar a família indígena, onde os homens eram responsáveis pela caça e pela pesca e o serviço braçal era feito pelas mulheres, assim como cabia a elas o cuidado e a educação dos filhos. As crianças indígenas eram limpas e asseadas, brincavam de dar cabeçada em bola de borracha, de imitar animais. As crianças aprendiam tudo com os adultos, através da prática, pois como na Europa medieval, conviviam no meio deles – os meninos na puberdade eram levados para o baíto, a casa secreta dos homens, onde passavam por provas de iniciação à fase adulta. A mulher ameríndia teve grande importância econômica no período de colonização, era ela quem plantava, colhia e preparava os alimentos, buscava água nos rios, fazia cestos, objetos de cerâmica e redes, como podemos ver na seguinte citação (FREYRE, 1933).

Da cunhã é que nos veio o melhor da cultura indígena. O asseio pessoal. A higiene do corpo. O milho. O caju. O mingau. O brasileiro de hoje, amante do banho e sempre de pente no bolso, o cabelo brilhante de loção ou de óleo de coco, reflete a influência de tão remotas avós. Ela nos “deu, ainda, a rede em que se embalaria o sono ou a volúpia do brasileiro”.
Trecho de Casa-Grande & Senzala.

A índia tinha preferência pelo homem branco que além de mais “voraz” era considerado superior, acreditava que tendo filhos com eles, seus filhos seriam superiores. Os índios ofereciam suas mulheres aos colonizadores como forma de hospitalidade, o que facilitou a mistura de raças. Os colonos portugueses vinham para cá sem família e tendiam a misturar-se pelo casamento ou qualquer outra forma de união, primeiro com as índias, depois com as negras e assim o Brasil colônia foi sendo povoado, com a mistura de varias raças e formando famílias.

A criança indígena aprendia e desaprendia facilmente o que levou os jesuítas a aprender com elas a língua nativa e se utilizar delas para introduzir uma linguagem única, a tupi-guarani, para facilitar a comunicação com os índios (cada tribo tinha uma linguagem diferente), os padres jesuítas educaram os curumins à maneira dos Europeus e estes se tornaram cúmplices do invasor, afastando-se de sua cultura e muitas vezes sendo contrários a ela. Mas os padres não queriam destruir a raça indígena, apenas queriam domesticá-las e torná-las cristãs. Os curumins foram educados junto aos meninos órfãos que vieram de Lisboa, estudavam cantando a uma só voz, a tabuada ou trechos de leitura. No pátio dos colégios Jesuítas acontecia mistura das culturas. Isso se deu no inicio da colonização, considerado o “período Heróico” dos Jesuítas, depois os colégios se transformaram em armazéns. Antes da construção das estradas de ferro, as crianças dos engenhos estudavam em casa. Cedo os filhos de senhores de engenho e também alguns molequinhos mais inteligentes, começavam a ser educados pelos padres. Os senhores de engenho construíam junto à “casa grande” capelas, onde os padres ou capelões faziam pregações e educavam os meninos - pois as meninas só aprendiam técnicas domésticas. No Brasil se manteve o hábito das amas de leite, tarefas realizadas aqui inicialmente pelas índias, depois, pelas escravas negras, que cantavam canções de ninar, davam afeto e carinho, contavam histórias e amaciavam a linguagem infantil dos filhos e filhas do senhor de engenho.

As meninas casavam muito jovens, entre onze e quinze anos, na maioria das vezes com parentes, primos ou tios bem mais velhos que elas, tinham um filho atrás do outro, além de muito fracas, mal alimentadas, com uma vida de reclusão dentro da casa grande, de onde saiam apenas para rezar, para festas e danças, não tinham vocação nem preparo para serem mães, nem para administrar a casa, algumas morriam cedo, deixando seus filhos ao cuidado das escravas. Os meninos, mesmo contra a vontade da igreja, passavam os dias junto dos molequinhos tomando banho de rio, pegando passarinhos com arapucas, etc. Era uma vida (infância) que transitava entre vadiagem e regras aplicadas com rigidez, pelos patriarcas e pelos padres.

Além dos meninos pretos e pardos serem companheiros dos meninos brancos nas brincadeiras e nas aulas na casa grande ou nos colégios, muito negro usando cartola e casaca, ensinou meninos brancos a ler, sendo mais compreensivo e tolerante que os rígidos e autoritários professores brancos, que lhes aplicavam muitos castigos – bordoadas nos dedos, beliscões pelo corpo e puxões de orelha. As crianças no Brasil, quase não tiveram infância desde a primeira comunhão, já eram consideradas adultas, passando a se vestir como adultos; antes disso andavam quase pelados, como os molequinhos, que eles ganhavam como companheiros logo que começavam a andar, era um camarada de brinquedos, mas também um saco de pancadas dos meninos brancos que, descontavam neles os maus tratos que recebiam dos pais. O tratamento entre pais e filhos era cerimonioso, quando se referisse a eles deveria dizer: “senhor pai” e “senhora mãe”, até para fazer a barba precisava o filho de autorização do pai. Intimidade eles tinham com as amas de leite, mucamas e negrinhos.

MEU APRENDIZADO

A família no Brasil obedeceu ao regime patriarcal e polígamo, onde os senhores de engenho eram autoritários e perversos, tratavam sua familia e escravos com rigidez e cerimônia. As mulheres estendiam os maus tratos aos escravos e aos filhos e estes aos escravos, que eram sacos de pancada de todos. As mães, muito jovens eram frias e indiferentes com os filhos, terceirizando seus cuidados e afetos para as escravas que eram alem de amas de leite, muito carinhosas e afetuosas com as crianças. Os filhos das negras que trabalhavam na casa grande as acompanhavam e serviam de companheiros de brinquedos aos filhos e filhas de seus senhores, alguns mais inteligentes estudavam junto com seus ioiôs (como chamavam seus amigos/senhores) desde muito cedo, pois aos sete anos já estavam alfabetizados pelos capelões ou pelos padres que residiam no engenho, só após a construção das estradas de ferro iam continuar os estudos em colégios, nas cidades. Colégios estes para as elites. Todas as crianças na casa grande e na senzala aprendiam costumes e culturas dos negros através das historias que eram contadas pelas negras “contistas”, o que veio a se tornar uma profissão. Nas senzalas a reprodução era incentivada, como forma de aumentar o patrimônio de seus senhores. Muitas vezes os próprios senhores tratavam dessa tarefa de reprodução, tendo ao mesmo tempo filhos com as negras e com suas esposas, outras vezes, entregavam belas negrinhas (que podiam ser suas filhas) aos seus filhos para saciarem seus instintos de macho. Aqui houve como que a manutenção da linhagem, casando primos e às vezes, sobrinhas com tios, como forma de manter o patrimônio na família.

As famílias indígenas, ameríndias, tinham o costume de passar os hábitos costumes e ofícios de pai para filho, através da observação e da pratica. Enquanto os homens saiam para caçar e pescar, as mulheres cuidavam e educavam os filhos, além de se ocupar das tarefas de plantio, colheita, todos os afazeres domésticos e a confecção de utensílios e redes. Os meninos, na puberdade, passavam por provas que os iniciavam na fase adulta e as meninas davam continuidade as praticas das mulheres. Assim foi até a chegada dos colonizadores, que vinham sem família e começaram a se unir ou casar com as índias ou com as negras, se dando assim a miscigenação do povo brasileiro. Junto aos colonizadores veio a igreja, sempre preocupada que os colonizadores seguissem a fé católica. Os jesuítas trouxeram com eles a escola, sempre utilizada como forma de educar, dominar e impor suas regras.

CONCLUSÃO

Observei que em todas as épocas a criança/infância tem sido utilizada e manipulada como meio de transformações sociais, políticas, econômicas e religiosas. Nunca se buscou chamar à responsabilidade os adultos, para que estes alterassem seus hábitos, para dar exemplo e educar as crianças, sempre se usou as crianças como forma de mudar e alterar os hábitos dos adultos. A infância, frágil, desprotegida e manipulável, tem sido o grande agente das transformações e evoluções sociais, econômicas e políticas. Na própria legislação, no ECA (estatuto da Criança e do Adolescente), seus direitos aparecem como forma de conquistar o respeito dos adultos. Os direitos das crianças surgem novamente como meio legal de mudar as atitudes adultas.

As instituições familiares tentam transferir para a escola a educação dos seus filhos, as escolas cobram dos pais uma educação ou ao menos uma cumplicidade para que as crianças aprendam a respeitar regras, sejam obedientes ao sistema, com currículos disciplinares e serializados que visam à produção em massa de identidades que se repetem e se reproduzem. Um método que além de um poderoso meio de controle, nos diz o que fazer, como fazer e quando fazer. Todo esse poder entregue nas mãos das crianças esta se voltando pouco a pouco contra as regras e o sistema, através das escolas e dos pais, que nos dias de hoje, tentando mais uma vez fugir à responsabilidade de cuidar, educar, orientar e amar, estão se submetendo aos caprichos e ao consumismo dos filhos que, bombardeados pela mídia como próspero e confiável consumidor, tornam-se rebeldes poderosos. Isso está acontecendo, devido à omissão de uma familia que se encontra fragilizada de valores, respeito, cumplicidade e afeto. Valores que, fortalecidos, poderiam lhe dar poderes contra o poder econômico.

A igreja teve amplo papel no meio de todo este contexto. A família conjugal – com pai, mãe e filhos - importante e muito adequada para o sistema capitalista, mas foi por influencia da igreja que surgiu e se fortaleceu, dando origem ao sentimento de infância. Pela necessidade de dar disciplina e moralizar esta infância, trouxe-as para a escola, assumindo assim o papel de educadora, tornando as crianças obedientes e respeitosas. Com isso chamou a atenção dos governantes para o poder que a educação exercia sobre os infantes e suas famílias, o que os fez criar a escola pública e laica, tornando-a obrigatória.

Fica registrado pela história um processo que massifica a instituição escolar, instituição que separa a criança do grupo familiar adulto para colocá-la sob o comando estatal que inventa e constrói sujeitos produtivos para uma sociedade administrada por ele. Isso me remete ao videoclipe THE WALL, do Pink Floyd, no filme de mesmo titulo de Alan Parker. A escola como linha de montagem; os estudantes que perdem seus rostos, que viram bonecos, todos na mesma esteira, a esteira que leva a um imenso moedor de carne.

Texto escrito por Sandra Moura estudante do 1º semestre de pedagogia - FACED/UFRGS

Síntese das Apresentações de Grupo – Infância, Família e Escola nas visões de Philippe Áries e Gilberto Freire


Infância é um termo moderno, na época tratada por Áries na Europa, não havia nem palavras que se referissem diretamente às crianças.

O registro dos pequenos com precisão teve início em meados do século XVIII (1700). Junto com essa precisão veio a fotografia e as datas (registros). Tudo era feito na igreja e pelas classes mais ricas. Nessa época, muito se inventavam sobrenomes para quem não tinha, por vezes eram nomes de lugares.

As crianças não tinham noções de sua idade, mas a classificação era feira da seguinte forma:

1ª idade = até 7 anos (eram chamados de infantes/não falantes);

2ª idade = até 14 anos/adolescentes até 21/28 anos;

3ª idade = Juventude até 45 ou 50 anos.

Conforme os séculos foram passando, a preocupação se dirigia a uma determinada denominação: XVII – Juventude / XIX – Infância / XX – Adolescência.

- Crianças eram vistas como mini-adultos, usavam roupas desconfortáveis em quantidades exacerbadas (conforme modelos abaixo).

- Meninos usavam vestimentas de meninas quando pequenos, posteriormente isso mudaria.

Estando sempre com os adultos, os pequenos participavam de festas grosseiras, pois não havia um apego de família nuclear como atualmente, nem um cuidado com o que era melhor para a criança. Assim sendo, eles presenciavam piadas, palavras de baixo calão e bebedeiras nas festas adultas.

As brincadeiras na maioria das vezes eram simples e os brinquedos feitos de madeira sem muita especificidade.

Antigamente não havia escolas, havia professores (mestres) particulares e salas de estudos dedicadas aos meninos que tinham interesse a partir de certa idade. As meninas não estudavam, apenas eram preparadas para bordar e fazer atividades caseiras.

Já em Gilberto Freires, no capítulo Indígena, vêem-se crianças cujas idades são marcadas de 15 em 15 anos.

Desde cedo as crianças ficavam em casa com a mãe aprendendo a colher frutos e observando a fabricação de utensílios domésticos e outros instrumentos de uso do índio. Depois de crescidos, os meninos aprendiam a caçar.

O método de correção do indígena consistia em deixar o filho fora da oca por uma noite (na idade aproximada a 5 anos) para que um índio vestido de “entidade” batesse nele até quase matar. Assim usava-se essa entidade como ameaça posterior, caso o pequeno índio ousasse desobedecer.

Não havia escolas, mas a família (principalmente mãe e filho) era muito ligada, primordialmente quando se fala da higiene e do asseio que as índias tinham com seus filhos, sempre em meio a banhos e cuidados.

No quesito relação amorosa, havia um desprendimento do índio com a índia caso o amor acabasse.Um índio podia ter mais de uma esposa e não se importava se essas esposas tivessem outros parceiros. Havia também a questão dos portugueses, que se encantavam com as índias bonitas e limpinhas.

No capítulo dos negros, Gilberto trata a infância de negros e brancos em convívio próximo, mesmo vivendo separadamente, negros na senzala e brancos na Casa Grande (com exceção dos negros que viviam dentro da Casa Grande como empregados e amas de leite).

As crianças dos brancos eram criadas com fraldões até 10 anos de idade. Eram instruídos em casa ou em colégios da paróquia. Meninos estudavam e meninas ficavam em casa aprendendo tarefas do lar.

Os meninos filhos de senhores de engenho, muitas vezes eram amamentados por negras da senzala e posteriormente ganhavam o nome de “meninos-diabo”, pois pegavam um negrinho da senzala para brincar, humilhar e agüentar suas malcriações, quando não era para iniciar sua vida sexual. Meninas também eram amamentadas pelas negras, mas tinham certo recato quando cresciam.

A família da Casa Grande era “aparentemente” feliz, mas o senhor de engenho, em meio a sua ociosidade, deitava com as negrinhas da senzala, que na maioria das vezes eram mais atraentes que suas esposas. Assim se disseminou a mestiçagem e a sífilis entre brancos e negros, além da violência das sinhás com as negras por inveja ou ciúmes dos maridos.

Na senzala havia menos fartura e mais afeto. Negros casavam-se e tinham filhos por amor, cuidavam destes com apresso, o mesmo apresso que as amas de leite (negras elegantes e bem vestidas que viviam na Casa Grande) dedicavam aos filhos de seus patrões, que por sua vez, também criavam afeto pelas negras.

(Texto criado por Ellen Fanfa Anacleto, estudante do 1º semestre do curso de Pedagogia)

Philippe Ariès & Gilberto Freyre

Na obra de Ariès História Social Da Criança E Da Família é mostrada a visão do adulto perante a criança, de como ela não tem significação alguma perante o adulto. Mostra o papel da criança na Idade Média, sem espaço algum para interagir e mostrar sua opinião, afinal, a criança nessa época não era nada, era uma espécie de bibelô do adulto, um mini-adulto.

No século XVII a criança era já tratada como se fosse um adulto, algo que perdera sua infância e passara direto para a vida adulta, sem direitos a brincadeiras e até mesmo vestimentas apropriadas as suas idades. A criança possuía hábitos, costumes de um adulto. Não havia brincadeiras específicas para as crianças e muito menos havia espaço para elas na sociedade. Houve um isolamento, uma espécie de imposição de uma vida adulta, precocemente transformando as atitude, comportamento, postura das crianças adultizadas. A Idade Moderna vem para desmistificar essa figura de mini-adulto, passando agora a criança a ser e poder ser como criança. Começa então a surgir o conceito de família, a idéia da criança como um ser totalmente diferenciado do adulto, que possui suas particularidades, costumes, hábitos e agora suas próprias vestimentas e brincadeira apropriadas para elas. Podemos então observar que, da transição da Idade Média para a Idade Moderna há uma intensificação e valorização da criança em seu espaço, algo que possua sua identidade e reconhecimento como criança.

Para Freyre, na sua obra Casa Grande & Senzala já nos retrata algo não muito específico e direcionado para a criança como Áries, que nos trás a idéia da criança adultizada, da criança européia. Na obra de Freyre mostra mais a criança branca, índia e negra. Como eram tratadas de diferentes formas dependendo, claro, de sua posição e cor dentro de uma sociedade totalmente patriarcal e escravocrata.

A criança branca era, sem dúvida, tratada com mais privilégios e cuidada por todos, principalmente pelas amas de leite. Já a criança indígena o rumo da idéia de família é um pouco diferente: quem assume o papel principal da família é a mãe. É ela quem comanda e assume as responsabilidades que teórica e convencionalmente é agregara a figura masculina, onde é esta quem cuida da alimentação, filhos, marido. Já a vida do negro nessa época da escravidão brasileira é bem diferente e como todos sabemos é bem mais difícil da vida do índio. O negro vem para o Brasil forçado, sem conhecer ninguém e ainda é obrigado a deixar para trás todos seus costumes e aderir a vida do branco explorador.

A criança negra sofre muito mais que as crianças indígenas que são livres e brincam a vontade sem a repressão e humilhação que as crianças negras passaram. Num dos capítulos que Freyre nos trás é do comportamento e de como a criança escrava negra é tratada. Como uma espécie de brinquedo, presentinho para o filho do senhor de engenho. Porém teve-se uma vantagem da criança negra para a criança branca. Enquanto a negra era tratada com mais carinho e amor por seus pais, a criança branca era tratada como a criança de Ariès, uma criança vista como um mini-adulto, obrigada a se comportarem com respeito e posição de um adulto mesmo. A criança negra manteve seus costumes, sua tradições, algo que seus pais incentivaram e motivaram para que seus filhos não perdessem suas raízes culturais. A indígena teve sua educação introduzida pelos Padres Jesuítas e a branca era criada basicamente pelas amas de leite e esquecidas pelos seus verdadeiros pais.

(texto criado por Larissa Faria Alves, estudante do curso de Pedagogia)

Comparação de Áries e Freyre proposta pela disciplina História da educação na Europa e nas Américas.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Conversas Afirmativas





sábado, 20 de novembro de 2010

TRABALHO "HISTÓRIA SOCIAL DA INFÂNCIA E DA FAMÍLIA" E " CASA GRANDE E SENZALA"

O livro de Ariès mostra o quanto à infância foi construída a partir da percepção do adulto sobre a criança, a interpretação da sociedade européia até a Idade Média não distinguia crianças e adolescentes dos adultos.
Na família, a função afetiva não era latente. A relação social principal era de sobrevivência e trabalho. A criança era socializada longe do ambiente familiar, porque era treinada em tarefas adultas.

Num outro momento, Aries descreve algumas passagens de um relato sobre a educação de Luís XIII, no século XVII. Na sociedade medieval, não existia o sentimento ou a consciência da particularidade da infância. Assim que podia viver sozinha, a criança ingressava na sociedade dos adultos e não se distinguia deles.

Escola e Colégio na Idade Média eram reservados a um pequeno número de clérigos de diferentes idades que se tornam no início dos tempos modernos um meio de isolar as crianças e adestrá-las. Há o uso de disciplina autoritária para separar as crianças da sociedade dos adultos. Resistências a essa evolução persistiram por longo tempo.

Depois houve algumas mudanças no sistema disciplinar: Vigilância, Delação, Castigos Corporais.
A educação não era mais voltada para as boas maneiras, objetivo era instruir a própria família sobre seus deveres e suas responsabilidades, e aconselhá-la em sua conduta com relação às crianças.


Já o livro de Gilberto Freyre, casa-grande e senzala, abrigava uma rotina comandada pelo senhor de engenho, cuja estabilidade patriarcal estava apoiada no açúcar e no escravo. O suor do negro ajudava a dar aos alicerces da casa-grande sua consistência quase de fortaleza. Sob seu teto viviam os filhos, o capelão e as mulheres, que fundamentariam a colonização portuguesa no Brasil. Embora diretamente associada ao engenho de cana e ao patriarcalismo nortista, a casa-grande não era exclusiva dos senhores de engenho. Podia ser encontrada na paisagem do sul do país, nas plantações de café, como uma característica da cultura escravocrata e latifundiária do Brasil.

Os padres jesuítas desempenhavam um papel importante na tentativa de implantar uma sociedade estruturada com base na fé católica. Para catequizar os índios, os jesuítas decidiram vesti-los e tirá-los de seu hábitat. Já o senhor de engenho tentava escravizá-los. Nos dois casos, o resultado era o extermínio e a fuga dos primitivos habitantes da terra para o interior.
A escravidão desenraizava o negro de seu meio social e desfazia seus laços familiares. Além dos trabalhos forçados, ele era usado como reprodutor de escravos: era preciso aumentar o rebanho humano do senhor de engenho. As crias nascidas eram logo batizadas e ainda assim consideradas gente sem alma.

Os negros, muitos agora, libertos pela alforria, pela revolta ou pelas fugas, unidos nos quilombos, lutavam pelo fim da escravidão. Aliavam-se aos ideais libertários os filhos de poderosos senhores de engenho que se tornavam abolicionistas por motivos econômicos, humanitários ou, simplesmente, pelo apego que tinham às suas mães de leite. O negro livre deixou as fazendas e os engenhos e foi inchar as periferias das cidades.

Nome: Juliana Felício Crusius Turma: A

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Síntese: “Casa Grande e Senzala” e “História Social: Crianças e Família

Estes livros falam tanto de como era a vida dos índios e também dos negros. No livro, Casa Grande e Senzala é retratado a infância do índio assim como seus costumes como: uma criança livre ou brincava com a natureza e criava brinquedos a partir dela. A mulher, indígena, tinha presença constante na casa, lavoura além de produzir utensílios para o preparo dos alimentos. Os homens cuidavam do trabalho mais pesado na lavoura e lutava nas guerras, caso necessário. A educação antes da presença dos Jesuítas ocorria na própria tribo através dos Pages e já com a presença dos jesuítas passou ocorrer a alfabetização e a catequização das crianças indígenas.
Já os negros no Casa Grande Senzala fala de como eram usados de escravo e só tinham acesso a educação aqueles que trabalhavam na casa grande e tinham contatos com os brancos. As crianças serviam de brinquedos para os filhos dos senhores como, por exemplo, brincando de cavalinho onde a criança negra era o cavalo da branca. Porém enquanto as crianças negras recebiam carinho e afetividade de seus pais já as brancas eram tratadas como mini adultos onde eram programadas para serem replicas de seus pais e para isso as crianças brancas recebiam educação particular em casa através de tutores.
No livro História Social: Criança e Família as crianças também era vistas como mini adultos onde até os brinquedos era os mesmos entre crianças e adultos como: carta, jogos de azar entre outros. O Ballet também era levado na brincadeira onde só servia para as pessoas se fantasiar. Os meninos até os sete anos se vestiam igual as meninas e as meninas igual as mulheres. E depois de algum tempo a criança era ensinada a se comportar e adquiria conhecimentos, pois antes ela só aprendia ofícios porque o conhecimento não era considerado tão importante.

(Texto criado por Mariana Duarte da Rocha, estudante do 1º semestre de Pedagogia)

Infância, Família e Escola - Dois olhares diferentes: Àries e Freyre

Infância, Família e Escola
Dois olhares diferentes: Àries e Freyre

Ariès:

As crianças antes do século XVII, eram tratadas de forma indiferente, tendo seus hábitos e costumes semelhantes aos dos adultos. Não tendo sua infância considerada como etapa especial da vida, sem visão de suas particularidades, os infantes eram mini-adultos, sendo assim, apenas aprendizes de uma vida adulta, participando ativamente de atividades tidas como proibidas aos dias de hoje, como reuniões, jogatinas, não sendo respeitadas em algumas brincadeiras insanas pelos adultos, entre outras atividades.
A Idade Moderna marcou historicamente o conceito de infância, pela valorização e reconhecimento das especificidades. Propiciou-se a partir daí, o isolamento das crianças, através da mediação dos clérigos de espaços reservados para uma “seriação” de crianças (ao longo dos tempos), onde eram separados pela capacidade intelectual.

Freyre:

A “CASA GRANDE” era utilizada em suas diversas formas: Banco, Igreja, “Convento”, Orfanato, enfim, tudo aquilo que o governo não conseguia dar conta.
A presença dos Jesuítas tornou-se marcante, pelo fato de através de sua catequização aos povos indígenas que aqui habitavam, haver a modelação aos costumes europeus.
Os escravos negros e moleques eram barrados nas escolas jesuíticas. Os moleques eram considerados sem elasticidade de pensamento, porém mais tarde, obtiveram o direito de estudar, tendo assim presente na sociedade professores negros, que eram considerados, meigos e doces. As meninas raramente frequentavam as escolas, tendo como função principal a sua formação para a vida doméstica/familiar, com tarefas como bordados, receitas culinárias, entre outras.

(texto criado por Camila de Melo Gazola, estudante do 1º semestre de Pedagogia)

Síntese sobre INFÂNCIA, FAMÍLIA E ESCOLA, baseados nas obras de Philippe Áries e Gilberto Freyre

ARIÈS: Infância conceito definido no séc. XIV. Pois não havia palavras para definir as crianças. As famílias não eram como agora, as crianças saiam de casa com 13 ou 14 anos para trabalhar em casas diferentes a fim de aprenderem as lidas da casa até o casamento.

O mais curioso para mim era a maneira com que vestiam as crianças. Eram vestidos como adultos e os meninos eram vestidos com roupas de menina e as meninas eram vestidas como mulheres. E roupa era cara comparando valores era o preço de um carro. As crianças se misturavam com os adultos nas festas. Como por exemplo, a festa de reis, que era uma das festas mais importantes.

As salas de estudos eram livres. Existiam internatos e as classes eram mistas.

GILBERTO FREYRE: No livro estudado no caso Casa Grande & Senzala. Formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal, estudamos 3 capítulos. Que falam sobre os indígenas e os negros. O meu grupo estudou o Capítulo 2 que era sobre o indígena. Fala que como o curumin (criança indígena) colaborou para a cristianização dos indígenas, auxiliando os jesuítas a língua deles para se comunicarem melhor. A sociedade era patriarcal.

E sobre os negros cita muita a cultura que carregamos deles, festas, lendas, ervas, simpatias, etc... As raças indígenas e negras como explorados. Raças que sofreram muito com a promiscuidade do Europeu.

Foram estudados dois livros, diferentes que falam de períodos da história diferentes. Pois o livro Casa Grande e Senzala fala da formação da sociedade brasileira, narra a chegada do europeu ao Brasil. E de como os europeus modificaram a cultura dos povos que aqui habitavam. Já o livro de ARIÉS fala da cultura européia na sociedade brasileira, já modificada com a influência deles.

(Texto criado por Camila Barbosa Seabra dos Santos, estudante do 1º semestre de Pedagogia)